terça-feira, 25 de junho de 2013

Black Sabbath lança 13, seu 19º disco de inéditas depois de 18 anos.

Por Marcello Zalivi


Recebi essa indicação do meu amigo Thiago Borges, acompanhado de uma pergunta.

 - O que este álbum trás de novo? 

Enquanto escutava 13, 19º disco do Black Sabbath, um álbum de inéditas depois de 18 anos, era
compreensível que a obra fosse acompanhada por esse tipo de questionamento e que suas resenhas fossem pautadas com o mesmo objetivo. 

Portanto, não tenho nada a dizer sobre ele que já não tenha sido dito e destrinchado por ávidos colunistas, nem tenho a pretensão de fazê-lo. 

Escrever sobre este álbum é o mesmo que falar sobre aquele tio metaleiro doidão que se mudou para outro estado e depois de anos vem visitar a família. Ele pode ter mudado em muitos aspectos, mas continua sendo o mesmo doidão que curte metal, apenas mais barrigudo e de cabelos curtos, mas o DNA é o mesmo.

Isso fica claro já na abertura do álbum, em “End Of The Beginning” e “God Is Dead” é possível identificar os elementos que construíram o mito Sabbath. O começo arrastado, as interseções dos riffs pesados de Iommi em determinados trechos, letras macabras e a voz (menos) cavernosa de Ozzy, remetem a antigos clássicos da banda como War Pigs. A mesma formula está presente em “Loner” que soa meio N.I.B no seu riff inicial.

Passando da melódica “Zeitgeist” até a psicodélica “Age Of Reason” ao rockão “Live Forever”, é impossível não puxar na memória velhos hinos da banda. Nem mesmo a ausência de Ward nas baquetas pesa contra “13”. Brad Wilk assume bem o posto e mostra que aprendeu direitinho como temperar a cozinha rítmica da banda ao lado do baixo infalível de Buttler. Mesmo que fique aquela sensação de cachorro de três patas usando uma prótese. O disco é bom, a comparação nem tanto. 

O álbum termina com Damaged Soul e Dear Father, duas canções longas e complexas, contrariando a tendência do mercado e mostrando a preocupação genuína em alimentar os fãs com uma obra que se preocupa mais com a sua elaboração artística do que necessariamente com os dígitos das vendas. 

Thiagão, meu velho, não existe nada de novo em 13. Mas afinal, não era isso que todos esperavam desta aguardada reunião, escutar o bom e velho Black Sabbath, com uma prazerosa revitalizada e um “Q” da fase da banda nos anos 70?

Essa e outras resenhas, no TrocaFitas

Black Sabbath - 13 Full Album (Best Buy exclusive Deluxe Edition)

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